segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

CONTO DE FADAS

Em 2007, tive a honra de fazer algumas parcerias com um grande e talentoso compositor: IVOR LANCELLOTTI.



Sim! Ele que é parceiro, entre outros, de Paulo César Pinheiro, Délcio Carvalho, João Nogueira, e que já foi gravado pela Clara Nunes, pelo Roberto Carlos e etc e tals.

Um Mestre! E daqueles generosos.

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Nos aproximamos pela amizade comum com a cantora Áurea Martins e num bate papo de camarim, ao final de um show deles, eu pedi:

"Ivor, será que um dia a gente pode tentar fazer uma música juntos?"

"Claro, Rapaz! Eu vou ver o que tenho lá em casa que não terminei pra te mandar! A Áurea falou muito bem do seu trabalho pra mim, falou que gravou no seu disco e tudo!"

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Passados alguns dias, liguei pra ele e ele me mandou 2 letras e 2 melodias, de forma que eu tinha que elaborar 2 melodias e 2 letras, respectivamente.

Em 1 mês, consegui terminá-las com todo o prazer e a responsabilidade que veio do meu pedido de parceria.

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Eis uma dessas músicas 04 músicas, melodia dele e letra minha, feita num formato para 2 vozes, onde o homem canta a primeira parte e depois a mulher responde ao homem.

Ao violão, o próprio Ivor Lancellotti:




CONTO DE FADAS
(Ivor Lancellotti / Leandro Fregonesi)

(HOMEM FALA...)

De renda verde-esmeralda
Encomendei o teu vestido
Comprei um terno abacate
Só pra combinar contigo
Reservei na igreja
A capelinha de Santo Expedito
Decorei tantas frases de amor
Pra dizer que eu nunca tinha dito

Mas você fez a cilada
E foi-se embora com um gringo
Foi certamente encantada
Na ilusão de algo mais rico
Você mudou de calçada
Mudou de país e mudou de amigos
Eu não sei mais o que faço
O meu próximo passo é morar num jazigo

Morto de amor
Morto de amor
Mas com você eu não brigo
E não quero castigo a quem me faz mal
Qualquer dia eu te ligo
E te digo o endereço
Do meu funeral

(MULHER RESPONDE...)

Era meu conto de fadas
Meu momento, meu abrigo
Era um sonho daqueles
Um desejo incontido
Mas quero que você saiba
Que o meu peito está aflito
Eu não sei mais o que faço
O meu próximo passo é morar num jazigo...

Quando eu peguei essa estrada
Eu misturei joio com trigo
Eu não pensei em mais nada
E só olhei pro meu umbigo
Era uma vez a mulata
Dos salões do Rio antigo
Decorei tantas frases de amor
Pra dizer que eu nunca tinha dito

Pode esperar
Pode esperar
Hoje eu já não sei se fico
Só sei pagar mico e não leio o jornal
Qualquer dia eu te explico
Te ligo e eu volto
Talvez carnaval

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