quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Nosso Samba - Portela 2011



Em primeira mão, o nosso samba concorrente na Portela para o Carnaval 2011!



G.R.E.S. PORTELA 2011
Enredo: "Rio, Azul da Cor do Mar"

Compositores:
Diogo Nogueira
Ciraninho
Rafael dos Santos
João Martins
Leandro Fregonesi

Samba alusivo - introdução:
"O Mar Serenou" (Candeia)

Intérprete:
Luizinho Andanças

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ESTRELAS VÃO ME GUIAR
POR ÁGUAS QUE GUARDAM SEGREDOS
SINGRANDO O AZUL INFINITO
O HOMEM SE LANÇA E VENCE O MEDO
DESAFIANDO A FÚRIA DO MAR
RAIOS, TROVÕES ESCONDENDO O LUAR
SERES DA MITOLOGIA, LENDAS, MISTÉRIOS, MAGIA...
E SOB A LUZ DE ALEXANDRIA
EU VI ANTIGAS CIVILIZAÇÕES, EMBARCAÇÕES DO ORIENTE
NAS ÍNDIAS ME ENCANTEI, POR SEUS CAMINHOS NAVEGUEI

O CÉU E O MAR VÃO SE ENCONTRAR
UM NOVO MUNDO REVELAR
RIQUEZAS E BELEZAS
UM PARAÍSO A EXPLORAR

MAREJOU O CORAÇÃO DO NEGRO QUE FICOU
E VIU PARTIR O SEU IRMÃO DE COR
NA CARAVELA DO INVASOR
NAS MARÉS, O VENTO FORTE DA AMBIÇÃO
LEVOU CORSÁRIOS E PIRATAS
A COBIÇAR TESOUROS DESSE CHÃO
E LÁ VAI MINHA JANGADA ENFRENTANDO A MADRUGADA
PELO GIGANTE BRASIL
DE NATUREZA ABENÇOADA
TERRA ADORADA, DE ENCANTOS MIL!
E NESSE RELICÁRIO... NO PORTO CENTENÁRIO...
A ÁGUIA TRANSBORDA EMOÇÃO, DESAGUA A INSPIRAÇÃO
E AS SETE ARTES ETERNIZAM
O LINDO AZUL DO NOSSO PAVILHÃO!

CANTA PORTELA
NO REINO DE IEMANJÁ!
VEM NO BALANÇO DAS ONDAS DO MAR
FAZ O MEU RIO SAMBAR!

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Se você é daqueles aficcionados por samba-enredo, aqui vai a sinopse que foi entregue a todos os Compositores:



G.R.E.S. PORTELA 2011
Enredo: "RIO, AZUL DA COR DO MAR"

Autores: Marta Queiroz, Cláudio Vieira e Roberto Szaniecki
Carnavalesco: Roberto Szaniecki

"Porto de Sapucahy, verão de 2011

Soltem as amarras e deixem as velas enfunar ao sabor do vento.

Vejam o cais se distanciar e, com ele, as lembranças que ficaram, Na bagagem, trazemos sonhos e esperança. Nossos olhos já não conseguem divisar o que é mar, o que é céu, e tentam traçar uma linha de equilíbrio no horizonte. Singramos no azul!

Subamos à gávea para conversar com as estrelas, companheiras de saudades e solidão. Ora, direis, ouvir estrelas... Por que não?

Estrelas são quase tudo o que temos. Além delas, trazemos instrumentos que nos ajudarão a decifrá-las. Elas se espalham pelo céu formando desenhos e um deles nos chama a atenção. É uma águia! Sim, uma águia em forma de constelação. E será esta que escolheremos para nos guiar pela imensidão.

Dizem que o destino está traçado nas estrelas. Ensinam que precisamos de muita coragem para enfrentar os perigos e, sobretudo, determinação. E, com fé em Deus, navegaremos pelos sete mares que abrirão os portais do coração.

No Reino de Poseidon, tempestade e bonança

Estamos a muitas braças do continente, nessa noite tenebrosa.

A fúria do vento força a resistência dos cabos que sustentam o mastro principal. O tecido das velas parece que não conseguirá resistir. Ondas se agigantam, cobrindo o casco. Raios, relâmpagos e trovões abrem fendas no firmamento.

Começamos a enfrentar o desafio do desconhecido. E, sem que tenhamos tempo de raciocinar, nos deparamos com o medo escondido em nossos porões.

Das profundezas surgem criaturas fantásticas! São polvos, serpentes e dragões abrindo uma estrada na espuma, levando-nos por um turbilhão sem fim.

Ao abrirmos os olhos, porém, tudo se transforma. Cavalos marinhos conduzidos por guerreiros transportam o cortejo de reis e rainhas que governavam a crença de civilizações que desapareceram no mar abissal.

O que tenta nos dizer a tempestade, afinal?

Respeitar o que é do mar, mas nunca temer. Acima de toda maldade, o bem sempre há de vencer.

Mare Nostrum, sob a luz de Alexandria

Estas galés que cruzam o nosso caminho transportam toras de cedro, tapetes, tecidos, cerâmicas, corantes, jóias, peças de metal e outros produtos que as mãos do homem foram capazes de moldar.

Do Oriente partem gigantescas embarcações. São os chineses oferecendo novas trocas, ampliando suas rotas, construindo relações.

São mercadorias que remontam aos tempos dos primeiros navegantes, que se lançaram ao mar. Para trocá-las em outros portos, fenícios e egípcios não imaginavam que também deixariam vestígios de sua cultura milenar.

Gregos e romanos inauguraram um tempo de conquistas, ampliando as frentes de comércio e os limites de seus territórios.

Da distante Alexandria, brilha uma chama, transformando a noite em dia.

A caminho de Calicut

Debruçados sobre mapas, lendas e antigos relatos tentamos encontrar o caminho que nos levará às misteriosas terras das especiarias. É para lá que apontam nossos olhos, mergulhados em fascínio.

Para proteger este comércio, mercadores árabes semearam lendas de monstros e gigantes que devoravam quem ousasse cruzar os seus domínios.

Tudo mentira. O pesadelo agora é um sonho. As águas ganham novos matizes e como atrizes representam cada uma de nossas expectativas: cravo, canela, açafrão, flor de lótus e também porcelanas, tapetes, sedas e jóias que não se cansam de brilhar.

As mais variadas fragrâncias se misturam no ar. Conseguimos, estamos em Calicut! Mas não devemos nos demorar.

Atlântico, em direção ao Pacífico

O Velho Mundo despertou para um novo século sabendo que não estava mais só. Por trás do horizonte, entre o nascente e o poente, existiam outras terras e riquezas a se alcançar.

Eram terras primitivas, que ficavam muito além da calmaria e daqui podemos vê-las. Ao dia, parece uma deslumbrante miragem, ocupada por nativos, adornadas pela praias e a plumagem dos pássaros mais bonitos que já se viu. Eis a visão do paraíso tropical.

São tantas terras que nossos olhos se perdem ao tentar abraçá-las. Elas se escondem sob florestas, percorrem montanhas e flutuam nas nuvens, onde guardam segredos e mistérios de antigos impérios, que se curvam diante do Sol.

Quantas riquezas brotam de suas nascentes! Ouro, prata, pedras preciosas e uma madeira estranha, que tinge de sangue o tecido mias nobre. Dizem que o futuro a perpetuará na força de um gigante chamado Brasil.

Mare Liberum, numa ilha do Caribe

Quantas estradas se abrem neste azul sem fim! O Atlântico é cortado em todas as direções. Embarcações de diversas bandeiras transportavam cana-de-açúcar, café, tabaco e algodão.

Já não existem fronteiras para o comércio, nem medidas para a ambição. Outras galés rumam para a África, inaugurando a rota do tráfico negreiro. Trazem milhões de escravos, despejando-os em solo americano. Aceleram a produção, deixando uma dor que não se apaga e uma chaga que ainda marca o sentimento humano.

Negros vão, corsário vem. Omar já não pertence nem à Armada do Rei. Agora, é terra de ninguém.

Brasil, entre riquezas e belezas

Abençoada natureza, que sempre encantará os olhos de quem veleja no aconchego dessa Baía. A mesma brisa que traz lembranças do passado, sopra na direção do futuro, ensinando que o mar foi, é e será a principal via de comunicação entre os povos mais distantes.

Salve, Porto centenário, e esse intenso vai-e-vem do comércio exterior. Foi aqui que começaram e depois se intensificaram nossas relações com o estrangeiro.

Esse marulhar fustiga a todo instante, recordando investidas e o leva-e-traz. As ondas não se cansam de contar todos os tesouros que ficaram para trás; mas ainda guardam nas profundezas a mais preciosa das riquezas, que, por muito tempo, nos impulsionará.

Rio de Janeiro, ponto de encontro de brasileiros de Norte a Sul, de Leste a Oeste; que recebe de braços abertos o jangadeiro e outros irmãos do Nordeste. Rio das praias, das raias, cruzeiros, pescadores da noite e da vida marinha. Terra de São Sebastião, paraíso dos golfinhos.

Porto dos Amores, Fonte de Inspiração

Aqui da proa, quando olhamos para trás, não conseguimos dar conta do tempo que passou. Orientados pelas estrelas, desafiamos tempestades, enfrentamos inimigos e aprendemos que navegar é preciso - mas na mesma direção!

Foi assim que descobrimos novos continentes, inauguramos a rota do oriente e encontramos em pleno mar a Fonte da Inspiração.

Traduzimos os sentimentos em música, transportamos a emoção para a ópera e o teatro, recriamos aventuras em romances, no cinema eternizamos sagas e amores em páginas de clássicos memoráveis. Quando pintamos uma marina, tentando retratar a fascinação que existe em tanto mar, deixamos o azul brincar na tela.

Descobrimos que o mar é apenas um tema: ele tem início, meio e fim, é um enredo. E toda essa experiência começou quando vencemos o medo, desfraldando as velas do Carnaval.

Pois, o amor é azul.

O céu é azul.

O mar é azul.

E entre eles, navega a nossa querida Portela!"

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Outro dia, com a calma necessária, eu escrevo sobre esta nossa parceria, que já tem quase 10 anos: quando começou, como aconteceu, como foram os caminhos até aqui e outras curiosidades.

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Boa audição e bom Carnaval a todos!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Clipe no Youtube

Assista aqui:



Música: "DO TAMBOR AO TERÇO" (Leandro Fregonesi / Rafael dos Santos)

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MAKING OF - Fotos



O fotógrafo Jeovan Junior clicou os bastidores do clipe.



Larissa Sarmento, a "Maria Benvinda de Aparecida".



Gustavo Nasr, diretor de fotografia, com a câmera HD. Ao fundo, Marcio Vianna (de preto), diretor e roteirista, orienta os participantes.



Léo Ávila buscando o melhor ângulo.



Roda de samba. Um panorama geral do set.



Dona Lizete nos quitutes.



Na Rua do Lavradio, gravando a cena final, enquanto a equipe se reúne para solucionar detalhes da iluminação (ao fundo).



Os amigos gravaram pequenas cenas para os cortes.



Marcio Vianna, Juliana Bach e Thiago Sacramento: direção e produção



Depois da gravação, uma foto de lembrança.


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FICHA TÉCNICA - Clipe: LEANDRO FREGONESI - DO TAMBOR AO TERÇO

Produção: Café com Leite Produções

Equipe/Produção

Marcio Vianna: Direção / Roteiro

Thiago Sacramento: Direção / Edição de imagens

Gustavo Nasr: Direção de Fotografia / Câmera

Léo Ávila: Iluminação / Câmera

Carla Berri: Direção de Arte

Brunna Napoleão: Figurinos

Jeovan Junior: Fotógrafo

Mari Vieira: Maquiagem

Juliana Bach, Lizete Oliveira e Lerrânia Lima: Produção executiva

Caio Flavoni e Renan Lima: Assistentes de produção

Atriz convidada: Larissa Sarmento

Artistas / Músicos da roda: Adão Jorge, Adílson Fumaça, André Rios, Daniel Karin, Felipe Barros, Guilherme Sá, Guilherme Oliveira, João Martins, Jorge Alexandre, Júlio Erthal, Monique Kessous e Thaís Motta

Atrizes / Figurantes: Carina Lopes, Carla Pecegueiro, Carolina Borges, Eugênia Rodrigues, Joana Rodrigues, Marcos César, Rany Carneiro e Rodrigo Ventura

Local e data da gravação: Santo Scenarium, Rio de Janeiro, em 29/10/2008.

Agradecimentos Especiais: Célia Menezes e Thiago Espósito (Rio Scenarium e Santo Scenarium)

Agradecimentos aos funcionários da Casa: Ricardo D’Amorim, Ane Brito, Cátia Caldeira, João Carlos e Mariluce Pereira

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DO TAMBOR AO TERÇO
(Autores: Leandro Fregonesi e Rafael dos Santos)

Álbum: Festa das Manhãs (FRG Cultural / Tratore)

ISRC: BR-LE6-05-00007

Direção Musical: Maestro Ivan Paulo

Músicos: Mauro Diniz, Marcos Esguleba, Belôba, Gordinho, Jorge Gomes, Jamil Joanes, Alceu Maia, Ze Carlos, Carlinhos 7 Cordas, Jaguara, Fernando Merlino, Monique Kessous, Tania Machado, Thaís Motta, Suley, Chico Donadoni e Marcello Furtado

Música gravada, mixada e masterizada nos estúdios da Cia. dos Técnicos, Rio de Janeiro.

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E assim fica o registro de agradecimento a todos que viabilizaram esta produça!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Alcione e Diogo

Para os curiosos de plantão, olha só o que eu achei:



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O jornalista Mauro Ferreira escreveu em seu blog:

"Parceria de Leandro Fregonesi com Ciraninho, o samba romântico "Amor Imperfeito" ganhou registro ao vivo feito pelo cantor Diogo Nogueira em dueto com Alcione. O samba se ajustou perfeitamente ao estilo da Marrom, uma das convidadas da gravação do segundo DVD de Diogo".

E reforçou, em outro post:

"Amor Imperfeito (Leandro Fregonesi e Ciraninho) tem toda pinta de hit radiofônico".

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Será?

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O DVD também contou com as participações de Chico Buarque, Ivan Lins e Hamilton de Holanda.

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Curiosidade:

Toda vez que o Diogo ouvia a gente cantando esta música, ele dizia:

"Esse samba é pra ALCIONE gravar!"